segunda-feira, 19 de maio de 2008

Jérôme Moucherot


Banda desenhada e Jérôme Moucherot
Sou um leitor de banda desenhada compulsivo, especialmente a franco belga, durante a minha estadia na Alemanha tive a opurtunidade de ler a obra do autor francês Francois Boucq.
Uma das minhas principais influencias para este projecto foi uma personagem de banda desenhada deste autor o qual considero uma óptima metáfora ao mundo actual.
A personagem Jérôme Moucherot encarna perfeitamente no conceito do “tribal urbano”, que entendo que pode ser uma optima via de trabalho para este projecto, no sentido que a busca de abrigo ou refugio numa cidade é exactamente o mesmo instinto e representa o mesmo desafio de um animal no seu habitat natural.
Jérôme Moucherot é uma das mais desconcertantes personagens da Banda Desenhada Franco-Belga, movendo-se numa selva de cimento ele vive num mundo altamente surrealista onde a cidade se confunde com a selva e onde impera ao mesmo tempo a comodidade e a organização de uma cidade com a imprevisibilidade e exuberância de uma selva.
Jérôme Moucherot, ou “tigre de Bangela”, como é carinhosamente apelidado pela sua mulher, é um vendedor de seguros de mais idade, cujo sinal mais particular é ter sempre uma caneta em jeito de piercing tribal enfiado no nariz, e uma irrepreensível indumentária em pele de leopardo.
Jérôme Moucherot segue diariamente a sua cruzada contra o imprevisto, tentando vender apólices de seguro a todas as criaturas desse estranho, absurdo e estapafúrdio mundo, composto por homens, animais e...“homens-animais”.
Considero que a leitura destes álbuns de BD foram importantes na estruturação da ideia para este projecto.

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